sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A Hora da Magia










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De forma alguma uma história em quadrinhos tão intrigante como A Hora da Magia ficaria de fora do meu repertório literário. Ao contrário, a coloco em uma posição de destaque neste blog e logo lhes direi o porquê. Não se trata apenas dos belos traços de Thibert, nem do roteiro perspicaz de Loeb e Bachalo, embora não posso descartar a evidente importância de ambos para esta hq e de toda a equipe que a idealizou. De fato, o que ocorre é que tão poucas hqs fazem jus ao título como esta faz. Afinal, o que é a esperança, a desesperança, a vingança, o perdão, o amor e o ódio senão lados opostos da mesma moeda. E é vasculhando e destrinchando esses sentimentos juntamente ao poder do querer que acontece a magia.
Amanda Collins, ou melhor dizendo srta. White, nossa protagonista, é o que podemos chamar de figura misteriosa, ela surge inesperadamente e vai embora da mesma forma que veio. A priori, não se pode estabelecer sua relação com outros personagens, entretanto, no decorrer do enredo estes acabam descobrindo que dessa relação dependem suas vidas. Seu trabalho é realizar desejos, o que dependendo do ponto de vista pode não ser algo agradável. Ao lado dela trabalham Gray, o narrador da história, que possui cerca de seiscentos anos (e ainda está em forma) o que lhe garantiu além de muita experiência, também sabedoria; Blue, o jogador de cartas, é um dos personagens que menos fala, embora demonstre ter "uma boa alma", de acordo com Gray; Black, um garoto que anda de terno e gravata e descalço, suas falas consistem em frases reflexivas; por fim, Red, sobre essa personagem é mencionada sua personalidade perturbadora, incontrolável, assim como seu nome sugere (Red: vermelho), a cor da intensidade, dos extremos.

"Nós escutamos aqueles que precisam ser escutados. Nós estamos lá para falar pelos que não podem. Para fazer com que aqueles que não veêm, abram os olhos". (Srta. White).